SMILACACEAE

Smilax spicata Vell.

EN

EOO:

49.749,124 Km2

AOO:

48,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Ocorre nos Estados do Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Andreata, 2012); entre 200-900 m de altitude (Andreata, 1997).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Smilax spicata </i>caracteriza-se por lianas, terrícolas, dioicas, e por apresentar síndrome de polinização entomófila e dispersão zoocórica. Endêmica do Brasil, ocorre nos Estados do Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Restrita do bioma Mata Atlântica, é encontrada em Floresta Ombrófila Densa, entre 200 m e 900 m de altitude. Tem AOO de 44 km² e está sujeita a quatro situações de ameaça: agricultura, pecuária, expansão urbana desordenada e, em áreas de unidades de conservação (SNUC), visitação de turistas. É protegida pelo Parque Nacional da Tijuca, Estação Biológica do Alto da Serra do Paranapiacaba e Parque Estadual Xixová-Japuí. São necessários investimentos em pesquisa científica e esforços de coleta a fim de certificar a existência de novas subpopulações, considerando sua viabilidade populacional e sua proteção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Fl. Flumin. 10: tab. 111. 1831 (1827); A. De Candolle in A. & C. De Candolle, Monogr. phan. 1: 155. 1878. Caracteriza-se pelos ramos quadrangulares, alados, apresentando na parte basal dentes triangulares pungentes e folhas que atingem até 40 cm de comprimento (Andreata, 1997).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em floresta ombrófila densa (Andreata, 2009).
Habitats: 1 Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Caracteriza-se por lianas, volúveis e/ou trepadeiras, terrícolas(Andreata,2012); floresce em janeiro e fevereiro, frutifica em julho e agosto; síndrome de polinização polinização entomófila e dispersão zoocórica; dióica (Andreata, 1997).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) national very high
AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original(Galindo-Leal; Câmara, 2003). Dez porcento da cobertura florestal remanescentefoi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção (A. Amarante, dados não publicados). Antes cobrindo áreasenormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos defragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si (Gascon etal., 2000). As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criaçãode gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI(Coimbra-Filho; Câmara, 1996). Dean (1996) identificou as causas imediatasda perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populaçõeshumanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano(pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiroaceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola(açúcar, café e soja) (Galindo-Leal et al., 2003; Young, 2003). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650 km² deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia) (SOSMata Atlântica; INPE, 2001; Hirota, 2003). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Galetti; Fernandez, 1998; Tabarelli et al.,2004) (Tabarelli, et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Espécie considerada "Em Perigo" (EN) pela Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Espécie ocorre em unidades de conservação (SNUC): Parque Nacional da Tijuca, no estado do Rio de Janeiro, Estação Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba e Parque Estadual Xixová-Japuí, em São Paulo (CNCFlora, 2012).